15 de dez. de 2010

Banco de Trás

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Final de uma tarde ensolarada, Seu Assis estacionado no ponto até a chegada de uma das suas fiéis passageiras. 
¾  Boa tarde Seu Assis.
¾  Boa tarde Dona Renata.
¾  Dona, o que é isso. Chame apenas de Renata.
¾  Tudo bem. Até aonde, Renata?
¾  Mostardeiro.
Enquanto o táxi seguia para o endereço pedido, Seu Assis notava em sua passageira um olhar distante, mergulhado em pensamentos.
Aquele banco traseiro já serviu várias vezes como divã, mas naquele momento ele preferia exclusivamente dirigir a conversar sobre o que preocupava Renata.
Até que ela quebra o silêncio.
¾  Sabe, Seu Assis, li um texto sobre o amor que esclareceu muitas coisas. Acreditamos que o amor é incondicional, mas o tempo está aí para provar o contrário. Pela nossa fé na incondicionalidade acabamos colocando-o à prova de tudo. Algumas vezes ele supera, mas o tempo é invencível.

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